14 de ago. de 2024

Não faça as coisas para se amostrar!




 Estou neste momento em que escrevo este texto, na igreja onde sou pastor. E lendo uma passagem bíblica senti em meu coração escrever sobre esta passagem, leiamos o texto bíblico abaixo. 

Mateus 6.1-4 

Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus.

Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.

Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita;

Para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará publicamente.

E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.

Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.

  • Guardai-vos significa, não seja amostradinho, ou seja em outras palavras, guardai-vos , se preserve, não fique se mostrando, se aparecendo para os outros. Achando que será recompensado pelo Pai Celestial. 
  • Tocar a trombeta, significa, fazer alarde, ficar chamando a atenção das suas obras pessoais, não fique divulgando sua obras de ação social, bondade ou coisas parecias.
  • Quem assim se comporta, acaba se promovendo para os homens, buscando elogios humanos. Entretanto o Senhor Jesus afirma, quem age desta forma, ja terá sua recompensa aqui na terra. 
  • Agora quem age discretamente, Deus que vê no secreto recompensará conforme sua humildade e amor.
  • Pois não devemos fazer as obras para os homens  e sim para Deus, abençoar as pessoas mais necessitadas e sem esperar recompensa dos homens e sim o Pai celestial é quem nos recompesará.

Seja edificado.

Pr Josue Costa
@ministeriofrutodoespiritolem
@pastorjosuecosta.net
@coachjosuecosta.com





1 de ago. de 2024

RIQUEZA INTELIGENTE








Tema : RIQUEZA INTELIGENTE

: Palavra chave:| Dinheiro só é riqueza se usado com inteligência para servir ao seu propósito na terra.

Lucas 16.10-11- "Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito, e quem é desonesto no pouco, também é desonesto no muito. Assim, se vocês não forem dignos de confiança em lidar com as riquezas deste mundo ímpio, quem confiará as verdadeiras riquezas a vocês?” |

: “Fraqueza é achar que ter problemas é um problema.” | . Tiago Brunet

Introdução:
ü  Quem nunca teve problemas financeiros, que atire a primeira pedra!
ü  Ter problemas não é um problema.
ü  Tratando-se de finanças, isso é ainda mais comum. Estranho e anormal é viver com problemas.
ü  Entenda que uma das funções da atualização do iPhone, é a “Correção de bugs em todo o sistema operacional”.
ü  Bugs são falhas ou erros nos códigos de um programa. Ou seja, se não nos atualizarmos, nunca encontraremos os bugs (falhas) da nossa vida financeira.
ü  E muitos desses defeitos não estão visíveis, pois estão codificados.
ü  Cumprir os princípios milenares bíblicos garante uma vida de plenitude, atualizada, inclusive na parte financeira.

Estudando profundamente sobre a riqueza do povo judeu.
ü  O dízimo é o motivo mais citado para apontar o porquê de tanta sabedoria e prosperidade.
ü  A riqueza não é o objetivo, mas precisamos entender o propósito dela.
ü  Em geral, esse propósito, está ligado a patrocinar projetos que irão beneficiar a humanidade.
ü  Riqueza inteligente é riqueza com propósito.
ü  O difícil é vivermos o nosso dia a dia, cheios de limitações e contrariedades, desanimados pelas situações difíceis, distraídos pelo excesso de entretenimento, e conseguirmos enxergar e praticar os princípios que nos garantem uma vida verdadeiramente rica.
ü  A riqueza financeira é apenas uma parte da verdadeira riqueza.
ü  Veja as cinco coisas que uma vida atualizada deve entender sobre riqueza:

 CONSELHOS VALEM MAIS QUE OPINIÕES
ü  Nos dias correntes, as opiniões têm dominado a vida de alguns.
ü  As pessoas se movem por elas.
ü  Tomam decisões pelo que os outros acham.
ü  Até mesmo pelo o que a “filosofia facebookiana” sugere.
ü  Está cada vez mais raro encontrar pessoas blindadas contra opiniões alheias.
ü  O problema da opinião é que qualquer um pode dar.
ü  Já os conselhos, somente três tipos de pessoas podem oferecer:
 (1) Quem ama você,
(2) quem tem mais experiência do que você e
 (3) quem é especialista no assunto.

ü  Salomão, o homem mais rico e sábio que já existiu segundo a História, foi rei de Israel logo depois de seu pai, Davi. Ele escreveu no seu livro clássico: “Os planos fracassam por falta de conselho, mas são bem-sucedidos quando há muitos conselheiros.” . Provérbios 15.22.

ü  Quando queremos iniciar um projeto de vida, comprar um imóvel, abrir uma empresa, investir dinheiro ou qualquer outra coisa que possa gerar riquezas, a quem escutamos?
ü  Esse é um ponto que define o seu futuro financeiro.
ü   Você escuta opiniões ou ouve conselhos?
ü  Quem guia os seus passos?

Uma vida atualizada foca em: Descobrir quem são os especialistas. Discernir quem são as pessoas que o amam e encontrar pessoas que já passaram pelo que você pretende empreender.

| PERGUNTAS SÃO MAIS IMPORTANTES QUE RESPOSTAS
ü  Em Êxodo 2, lemos uma história muito interessante.
o   Miriã, irmã de Moisés, que assistia de longe ao que aconteceria com seu irmãozinho, aproxima-se da filha do faraó e lhe faz uma pergunta: “Olá, com licença. A senhora gostaria que eu buscasse uma babá das hebreias para cuidar do menino?
o   A pergunta sugestionou uma ideia.
o   Gerou um destino.
o   E a filha do faraó respondeu: Sim!
o   Então correu Miriã e buscou a própria mãe de Moisés.
o    Quando Joquebede chegou à presença da princesa, esta declarou: “Cuide deste menino para mim e eu pagarei a você um salário”.
o   Com apenas 3 meses, Moisés começou a cumprir o seu destino na terra e libertou a primeira pessoa de seu povo: a própria mãe! Joquebede deixou de ser escrava naquele dia para se tornar uma funcionária assalariada.
o    Tudo isso por causa de uma pergunta.
o   E tem gente que deixa de fazer uma pergunta por vergonha.
o   O próprio Jesus, usava perguntas para responder aos que os questionavam. Marcos 11.30.
o    Dessa forma, confundia os questionadores.
o   Estes saíam sem poder surpreender Jesus.
o   Davi também era adepto das perguntas poderosas! (I Samuel 26.9b), Abisai desistiu de matá-lo.
o    Perguntas são mais importantes que ordens diretas.


| O QUE VOCÊ ESCUTA E VÊ FORMATA OS SEUS PENSAMENTOS?
ü  A neurociência declara que os nossos pensamentos são criados por uma plataforma mental que é moldada pelos cinco sentidos.
ü   Em especial, audição e visão, como mencionado anteriormente. Ou seja, o que ouvimos e vemos formatam os nossos pensamentos.
ü  Já que não podemos controlar o que pensamos (é simplesmente impossível), como, ao menos, podemos construí-los de forma saudável?
ü  Fazemos isso selecionando o que vemos e escutamos. Quando se trata de riqueza, essa é uma verdade ainda maior.
ü  Devemos pensar como os que prosperam.
ü   Escutar o que eles escutavam.
ü   Descobri que o segredo da inteligência financeira era aprendizado, experiência e prática.
ü  Aprender com quem venceu.
ü  Experimentar os conselhos de quem venceu.
ü  Praticar os ensinamentos e a experiência de quem venceu.
ü  Lembre-se: o que você vê e escuta formata quem você é.

| DE QUEM VOCÊ É ESCRAVO?
ü  Em geral, somos escravos de algo ou alguém.
ü  Digo isso partindo do princípio de que liberdade é ter poder de escolha.
o    E nem tudo o que temos e somos hoje é fruto de uma decisão nossa.
o   Quando compramos uma casa, por exemplo, escolhemos a melhor, a dos sonhos, ou compramos aquela que podemos pagar?
o   Quando vamos a um restaurante, comemos o que queremos ou o que o lado direito do menu permite?
o    Liberdade é poder de escolha! Se você não pode escolher, ainda é escravo.
o   Isso vale para os seus sentimentos, desejos, relacionamentos e, é claro, para a sua vida financeira.
o   Para se livrar da escravidão, a educação é o martelo que quebra as algemas.
o    Educar-se financeiramente é tão importante quanto obter a educação fundamental.
o   Note que os países com maior índice de problemas financeiros em sua população, e com grande crescimento de “igrejas da prosperidade”, são países sem educação nessa área.
o    Sem educação, somos facilmente escravizados.
o   A manipulação só exerce governo entre os leigos e incultos. Eduque-se, organize-se, trabalhe e invista.
o   Com esses passos, em pouco tempo as algemas vão se romper, e você sentirá a paz que a liberdade proporciona.

PRINCÍPIOS VALEM MAIS DO QUE OPORTUNIDADES
ü  Nem toda oportunidade que aparece é a nossa.
ü  Quem tem inteligência financeira entende bem isso.
ü  Para termos acesso à riqueza inteligente, ou seja, àquela que irá patrocinar o nosso projeto, o nosso destino na terra, precisamos aprender a analisar, estudar e acertar nas escolhas da vida.
ü  Há ocasiões em que as oportunidades aparecerão irresistivelmente prontas para nós, como a realização de um sonho, um cumprimento de propósito.
ü  Mas como analisar se uma excelente oportunidade é a “minha” oportunidade? Simples.
ü  Vamos recorrer à inteligência bíblica.
ü  Vamos voltar àquela história de Davi e Abisai. I Samuel 26.7-12.
ü   Quando Davi faz a pergunta que freia a vontade de Abisai de matar Saul, uma grande revelação é feita. Matar Saul seria a maior oportunidade para Davi se tornar rei. E mais do que isso: seria o cumprimento da profecia de Samuel. Porém, um problema foi identificado por Davi. Essa oportunidade quebrava um princípio: tocar no “ungido do Senhor”. I Samuel 26.11. Assim, entendo que uma oportunidade pode ser excelente, mas, se ela quebra algum princípio, não é a sua oportunidade.

·          Quantas empresas quebraram quando seus executivos resolveram aproveitar uma grande oportunidade?
·          Porém, era uma oportunidade que quebrava o princípio dos impostos. Outros aproveitaram a oportunidade de serem promovidos quebrando o princípio da honestidade. E por aí vai…
ü  Lembre-se: dinheiro só serve para servir a você. Nunca o contrário!

| CINCO ERROS DE UMA VIDA ATUALIZADA QUE VOCÊ JAMAIS DEVE COMETER:

I-             GASTAR MAIS DO QUE GANHA | Os descontrolados vivem em apuros. Dia de muito, véspera de nada!
ü  Ter autocontrole financeiro e emocional é a base para gastar menos do que se ganha. Sem isso, você nunca terá a diferença (entradas-saídas) para investir.
ü  Quem vive sem disciplina morre sem dignidade. Faça de tudo para que o seu autocontrole e a sua disciplina se manifestem agora.
ü   Depois, pode ser tarde demais.


II-            NÃO ECONOMIZAR MENSALMENTE PARA O FUTURO | É necessário ter inteligência para fazer contas. Mesmo as contas mais básicas exigem de nosso
cérebro.
ü  O Homo sapiens nasceu com a ferramenta da inteligência e com uma capacidade cognitiva apreciável.
ü   Poucos decidem pagar o preço de desenvolver e administrar a inteligência. Daí, a dificuldade em entender a importância da economia e dos investimentos para o futuro. Assim como 2 + 2 são 4, quem não economiza todos os meses terá a certeza do fracasso.

III-          NÃO FAZER PLANILHAS DE PROJETOS E SONHOS |
A desorganização é a mãe dos projetos malsucedidos. Um ser desorganizado não prevê o futuro, ainda que o possamos enxergar no presente. Escrever os seus projetos, planejar os seus sonhos, fazer planilhas de custos e receitas foram um princípio básico para realizar grandes coisas.
Existêm três degraus do planejamento
a-    Planejamento geral, estratégico, de longo prazo
b-    Planejamento por fases menores ( quinzenal, anual, semestral, trimestral, mensal)
c-    Planejamento longo prazo


IV-          NÃO SER UM DOADOR GENEROSO |
a.    Grandes universidades já descobriram que o código da felicidade está escondido em doar ao próximo e às causas humanitárias.
b.    Por isso, homens como Bill Gates, Warren Buffet e outros do mesmo nível doam desesperadamente.
c.     O sentido da vida está em ser útil à humanidade.
d.     Quem não doa com generosidade erra seriamente em sua atualização como ser humano.
e.    Tratando-se de liderança, o assunto fica ainda mais sério, pois não há como liderar sem doar.

V-           NÃO ANDAR COM PESSOAS QUE SÃO REFERÊNCIA NO QUE VOCÊ DESEJA SER E TER |
A tolice escraviza você na frente da TV, nas paixões temporais e em pessoas vazias e sem destino. Não caminhar lado a lado com quem já é referência no que alguém gostaria de ser no futuro é uma das maiores “burrices” que o ser humano pode cometer. Andar de mãos dadas com os que já conquistaram o que ainda sonhamos é uma chave para a atualização. Não cometa esse erro!

Conclusão
O fato é que pessoas transformadas transformam cidades. Podemos mudar uma cidade inteira, uma pessoa por vez. Entendi que utilizar US$ 18 para patrocinar uma criança por mês era mais inteligente do que gastar o mesmo valor almoçando em apenas um dia.
Decidir para onde vai a sua riqueza define quem é você.
 Retardar os nossos prazeres da vida terrena para servir aos que nasceram com destinos traçados para a escravidão é um dos sentidos de administrarmos riquezas. ]

Use a sua riqueza com inteligência!

Fonte de Pesquisa: Livro 12 dias para 12 Meses de vitórias autor : Tiago Brunet

20 de jun. de 2024

Ética Cristã


 Ética Cristã

 A ética é a reflexão crítica e auto crítica, sobre as bases, os objetivos, os limites, o potencial dessa moral  ou outras morais. Para podermos ser éticos , precisamos pensar, analisar, avaliar, relacionar, discutir e propor. A Ética tem como propósito principal contribuir para sobrevivência em dignidade, de pessoas, de grupos, de nações, enfim, de toda humanidade e criação. Muitas vezes, sentimos a abrangência das nossas responsabilidades em escala bem mais restrita, inclusive na igreja.

A distinção entre a moral e ética nos lembra das dimensões do labor ético: teoria e prática [..], toda prática implica uma teoria, e vice-versa (MAY,2008, p.19). Somente a unidade das duas dimensões garante uma praxis responsável.

A praxis, é uma previa, de um pensamento, pressupõe uma ação previamente elaborada, crítica em seguida de uma ação consequente.

A prática é diferente, muitas das vezes é fruto de uma ação bem pensada.

Uma das questões mais complexas do mundo científico, teológico e filosófico contemporâneo é oferecer uma boa compreensão do significado preciso de palavras como eu, sujeito, subjetividade, pessoa etc...

Em nossa perspectiva consideramos o sujeito um aspecto fundamental para que possamos pensar e falar em ética. A ética implica um sujeito que possa assumir a responsabilidade por atos praticados (seja ele pessoal, comunitário, institucional, ou outro) diante de outros.

O discurso ético afirma que somos livres e responsáveis e assumimos em nós mesmos o ato ético e suas conseqüências enquanto ações significativas. Por outro lado, como cristãos, perguntamos até que ponto podemos ser éticos, livres e responsáveis, numa estrutura de pecado e com a constituição de sujeitos dentro dessa estrutura. Nossa abordagem do tema será feita a partir de três perguntas-tema: 1. Como se constitui o sujeito? 2. Como se forma o sujeito ético? 3. Como se forma o sujeito ético cristão?

Propomos uma breve descrição da experiência de “ser sujeito” (acompanhada de indicações dadas pela análise genético/generativa da manifestação do sujeito) como pano de fundo interpretativo de nós mesmos. Usamos o método enomenológico de Husserl e descartamos qualquer explicação prévia, filosófica ou científica. A nossa experiência humana não é vista como confinada aos processos definidos como natureza, nem a vida humana pode ser confinada à fisiologia, por exemplo. Isso indica a distância que mantemos do chamado naturalismo científico. A abordagem originária do ser humano nunca é “científica” no sentido de objetivismo factual; mais que natureza, somos também cultura e a sociedade é também nossa convivência cotidiana, é corpo e também é uma abrangência de nosso ser humano como um todo. O conhecimento não se produz do sujeito para seu entorno, nem do seu entorno para o sujeito, é uma integração com a vida. A experiência de ser sujeito é ampliada no sentido de abarcar a vida, integrando vida e subjetividade, subjetividade e vida. Na correlação2 sujeito e vida afirmamos a superação de todo dualismo sujeito/objeto desenvolvido a partir da ciência moderna (especialmente depois de Descartes).

  

Como se constitui o sujeito? Gênese do sujeito

Quando fazemos a pergunta “quem somos nós?”, temos a tendência de tentar respondê-la a partir da reflexão sobre nós mesmos. Isso é uma grande ilusão. Essa pergunta só pode ser respondida a partir de nossos relacionamentos com os outros. Sem o outro não somos nada. Nossa constituição tem o ponto focal na presença do outro. Nascemos da vida dos outros fisiologicamente, psicologicamente, culturalmente, e mesmo religiosamente (no cristianismo isso é claro se atentamos para as expressões de Cristo ou de Paulo que nos vêem como seres de relação com o próximo e com Deus).

Há muitos estudos sobre as etapas do desenvolvimento humano. Quase todos partem do princípio que o desenvolvimento é um processo de unidade da pessoa e seu entorno. Quase todos apontam a grande distância entre o que fomos quando criança e o que somos como adultos. A unidade é atribuída a constâncias biológicas, psicológicas, sociológicas, culturais.

Nossa abordagem desloca o centro formador não para o exterior, mas para a correlação entre o que o outro nos aporta e nossa capacidade de responder, responsividade que se revela desde a nossa mais remota formação como bebê ou mesmo na condição de feto.  Se para o bebê não houver as condições necessárias relacionais e como entorno de ser humano, especialmente outras pessoas, o ser humano não emerge em suas condições essenciais. Ser pessoa, ser livre, transcender o tempo e espaço, utilizar a linguagem, são condições que não se desenvolvem por si. O desenvolvimento está condicionado à presença de outros.

O “eu” não se desenvolve pelo crescimento físico, mesmo que dependa de uma base fisiológica para que isso seja possível. O eu não é uma substância. O sujeito acontece: ele é e existe em atos, e ele se forma e se revela em eventos, e se dá conta de si por se auto-reconhecer em atos. O sujeito se forma e se revela na relação de alteridade.  O sujeito é constituído como evento, ele acontece na trama que se estabelece em relação com outros seres humanos (mãe, família, grupos humanos) e como resposta a eventos: o “eu” provém das respostas a outro/a.

O sujeito autônomo emerge de modo relativo e descontinuamente, isto é, o sujeito autônomo não é uma constante linear sem interrupções. A vida testemunha muitas situações em que não podemos pressupor o sujeito como plenamente autônomo: uma simples febre pode aniquilar ou limitar a autonomia de um sujeito. O sujeito é uma constituição que acontece em torno de eventos relacionais e respostas a esses eventos. Somos interpelados na convivência desde a mais tenra idade e nos formamos como respondentes.

Viemos dos outros e geramos outros fisiologicamente, culturalmente, socialmente, espiritualmente... O caminho da autonomia é, paradoxalmente, outrodependente. O ser humano não nasce “naturalmente”, por assim dizer. O ser humano acontece na dimensão intersubjetiva da vida humana e na dialética da interpelação e reposta, como caminho para atingir a autonomia ética.

2. Como se constitui o sujeito ético?

Vimos que o sujeito ético é uma autonomia alcançada através da alteridade. Nele o acontecimento é um e-vento (no sentido de que ele vem a nós e nos interpela). A decisão ou atitude ética é um modo de ser humano na vida concreta entre pessoas. O sujeito ético é parte de uma humanidade social em que se constitui como indivíduo a partir dela e por refleti-la.

O sujeito ético, na trama dialógica da interpelação e da resposta, encontra um mundo de validades éticas e é impelido a agir em consonância com essas validades específicas. É a atitude e o comportamento face às validades que agregam valor ético à ação: a ação pode ser boa ou má. É na medida em que respondo por essas validades que me torno sujeito responsável eticamente.

As validades éticas são reconhecidas no outro, na natureza, na sociedade, no trabalho, nas instituições, no cotidiano, em situações limites etc. O sujeito ético age, de modo geral, em relação às possibilidades que tem de sustentar e encarnar valores que são reconhecidos e hierarquizados.

O sujeito ético avalia a partir de um mundo com universalidade abrangente e a partir de muitos mundos particulares possíveis. Essa dialética entre um mundo e muitos mundos em correlação é um dos avanços fundamentais proporcionados por Husserl em sua análise do mundo da vida (Lebenswelt). A ética pode ser vista, ao mesmo tempo, como a correlação entre a unidade de um mundo e a pluralidade dos muitos mundos culturais e pessoais possíveis.

3. Como se constitui o sujeito ético cristão?

O sujeito ético cristão também deve ser visto como envolvido numa trama de interpelação e resposta, mas que na sua especificidade possui fundamento na narrativa bíblica.

Para Buber, a Bíblia é um grande diálogo. É nessa dialética de interpelação e de resposta que muitos estudiosos da Bíblia, como Von Rad, Zimmerli, Westermann, entre outros, encontram a chave de interpretação da meta-narrativa bíblica. É também nesse horizonte que podemos ver no Novo Testamento a interpelação-chave em Jesus Cristo.

A narrativa bíblica é um dos textos fundamentais da cultura ocidental junto com a filosofia grega. Nossa identidade cultural já é – ainda que parcialmente e independentemente de nossa vontade – meio grega, meio judaica.

Quando falamos, é a pessoa como um todo que fala, e fala ao mesmo tempo de um ego localizado, mas cuja constituição de identidade alcança a essência de si mesmo em suas raízes transcendentais. Unidade, articularidade, universalidade são afeitos da compatibilidade do sujeito.

A narrativa bíblica, por outro lado, possui uma interpelação que contrasta dois aspectos da responsabilidade humana:  Sua grandeza e potencialidade, enquanto se revela como imagem de Deus nessa responsividade;  Sua baixeza e deterioração, enquanto responsividade capaz de negar a Deus, negar a realidade dos valores originários e criar relações identitárias de pecado (como, por exemplo, de dominação, de idolatria etc.).

Em termos de narratividade bíblica, Deus é o Juiz e Senhor absoluto dos valores originários.6 Na ética bíblica e teológica nos perguntamos se ainda é possível falar de ética em um mundo estruturalmente marcado pelo pecado.

As relações identitárias de pecado formam uma rede de articulações que pode ser reconhecida na cultura, na vida cotidiana, no mundo político, no mundo econômico, no mundo religioso. A cultura como um todo, a vida, a política, a economia, a religião não são em si mesmas idólatras e opressoras. Mas, são contribuições sociais que podem servir de terreno para relações de dissipação da vida humana em oposição aos valores fundamentais.

A Máquina Global encarna um índice de malignidade, mas não é em si mesma a maldade. O importante é percebermos que a maldade e o pecado pessoal não se constituem num vazio. Antes, trata-se de um processo em que o pecado constitui uma forma dinâmica de relações entre pessoas e entre as relações institucionalizadas. Os efeitos benéficos e maléficos da Máquina Global possuem a sua expressão mais viva no mercado, sua formação que desemboca nas estruturas da vida cotidiana

A máquina é alimentada pelos atos e intenções humanas; mas, ela adquire uma certa autonomia e passa a produzir efeitos, previstos e imprevistos, altamente destrutivos e alienantes para a condição humana. A força dessa Máquina Global é potenciada pela sua própria malignidade capaz de fazer o bem parecer mal e o mal parecer bem. Podemos representar Máquina Global assim:

 A constituição do sujeito em geral, ou a constituição do sujeito ético, ou, ainda mais especificamente, a constituição do sujeito ético cristão é dada com a constituição do mundo que nos unem a todos e dos diferentes mundos nos quais nós vivemos. Essa constituição do mundo que nos une a todos e a constituição dos diferentes mundos acontece na seqüência de eventos em que o sujeito é responsivo e deve ser progressivamente responsável

A ética cristã não pode ignorar que no centro da estruturação da vida cotidiana opera uma estrutura de pecado, uma estrutura de dominação, uma estrutura amor ágape.  A ética e o sujeito cristãos só se formam no ambiente da gratuidade divina. Este ambiente tem a Cristo no centro, como fundação, e o próximo como referência.

O sujeito ético cristão conforma a experiência cristã não apenas como indivíduo. Essa experiência encontra sua expressão mais plena e mais significativa eticamente como sujeito ético eclesial. Em outras palavras, a experiência cristã deve ser assumida como experiência com o outro e, em sua melhor expressão, como experiência de uma eclesialidade

de pessoas vocacionadas a respostas concretas diante do próximo. O ser respondente se transmuta em comunidade respondente a Deus e ao mundo, como resposta à vocação comunitária e social do corpo de Cristo. Essa comunidade responde à ação de Deus no mundo e ao próximo, com quem Jesus Cristo se identificou. Devemos ser, enquanto somos comunidade cristã, comunidade respondente ao Deus Criador, ao Deus Juiz e Governador, e ao Deus Redentor.  

 

Conclusão

A consciência individual não é um mito, como afirmam alguns autores. Porém, devemos conceder que a constituição do sujeito, especialmente da consciência individual, tem uma teia social de correspondências e de reciprocidades. A emergência do sujeito ético é também um acontecimento tardio em relação à infância, pois a autonomia reflexiva e a afirmação da ação subjetivamente responsável é uma conquista que exige tempo e amadurecimento. De qualquer modo, fica claro que uma consciência autônoma por si mesma, sem a participação de outros sujeitos e da cultura, isso sim podemos dizer que é um mito. Na maioria dos casos podemos falar de co-responsabilidade e não apenas de responsabilidade individual. A grande tarefa da ética não se reduz às condições de responsabilidade individual, mas à criação de uma sociedade responsável. Em termos de ética cristã devemos pensá-la como ética eclesiológica e da responsabilidade da Igreja como corpo e como comunidades espalhadas pelo mundo. Dessas evidências devemos tirar as conseqüências para uma ética da res

ponsabilidade dos sujeitos éticos individuais e sociais, ambos socialmente constituídos, ainda que o endivíduo possa ser diferenciado e, portanto, com um sentido de autonomia mais definida.

 Fonte autor (Rui de Souza Josgrilberg)

 

Referências Bibliográficas

 AGOSTINHO. Confissões. Trad. de Maria Luiza Jardim Amarante. São Paul, SP: Paulinas, 1984.

BUBER, Martin.  Eu e Tu. São Paulo, SP: Editora Moraes, 1982.

DIAZ, Carlos. El sujeto ético. Madrid: Narcea, 1983.

 DUSSEL, Enrique. Lecciones de introducción a la filosofia ò antropologia filosófica. Mendonza, 1968. (Edição onlines: < http://www.ifil.org/Biblioteca/dus sel/html/02.html >.  MEAD, George Herbert. Mind, Self, and Society: From the Standpoint of a Social Behaviorist. Edited by Charles W. Morris, Chicago: University of Chicago 1934. Edição online: < http://www.brocku.ca/MeadProje ct/Mead/pubs2/mindself/Mead_1 934_toc.html >. NIEBUHR, Helmut Richard. The Responsible Self: An essay in Christian Moral Philosophy. Luisville, Kentucky: Westminster John Knox Press, 1999 (Original: Joanna Cotler Books – 1963). 

NIEBUHR, Reinhold. The Self and the Dramas of history. New York: University Press of America, 1988 [Charles Scribner’s Sons 1955].

 RICOEUR, Paul. O si-mesmo como um outro. Trad. De Lucy Moreira César. Campinas: Papirus, 1991. _____ . Tempo e Narrativa. Campinas: Papirus, 1994.

ROGERS, Isabel Wood. In Response to God. How Christians Make Ethical

 

21 de mai. de 2024

VISÃO E PODER

 Tema:  – VISÃO E PODER


                                                                                                 INTRODUÇÃO


Após sua morte e ressurreição, Jesus reuniu seus discípulos e deu 

suas ultimas instruções, com a ordem mais importante, conhecida 

como a Grande Comissão. Nos quatro Evangelhos e no livro de 

Atos, encontramos este mandamento, e cada texto tem sua 

peculiaridade. Vejamos:

A VISÃO:

1. Fazer discípulos de todas as nações.

Mateus 28: 18-20 - Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: 

“Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, 

fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, 

e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as 

coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os 

dias até à consumação do século”.

2. Pregar o evangelho a toda criatura do mundo.

Marcos 16.15 - E disse-lhes: “Ide por todo o mundo e pregai o 

evangelho a toda criatura.”.

3. Pregar arrependimento a todas as nações.

Lucas 24.46-48 - E lhes disse: “Assim está escrito que o Cristo 

havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e 

que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de 

pecados a todas as nações, começando de Jerusalém. Vós sois 

testemunhas destas coisas.”

4. Somos enviados, assim como Deus enviou Cristo.

João 20. 21 - Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: “Paz seja convosco! 

Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio.”


5. Ser testemunha na cidade, Estado, Nação e Todo o mundo.

Atos 1.8 – “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito 

Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em 

toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.”.


 O PODER DO ESPÍRITO SANTO

O Espírito Santo é o agente de Deus para preparar, ungir, dirigir e 

utilizar seus filhos na expansão do Reino. Por isso quando Cristo 

deu a ordem de evangelizar o mundo, deu também a promessa da 

vinda e da presença do Espírito Santo à sua igreja.


1. Todo cristão tem o Espírito Santo.

Romanos 8.9 - Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, 

se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem 

o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. 


No momento que você recebe a Cristo como seu Senhor e 

Salvador, o Espírito Santo passa a habitar em sua vida. Porem há 

uma grande diferença entre ter o Espírito Santo “residente” e ter o 

Espírito Santo “presidente”

Eu ter o Espírito Santo na minha vida é uma coisa.

 Outra é o Espírito Santo me ter em suas mãos.

 Portanto todo cristão deve viver cheio do Espírito Santo.


Efésios 5.18 - E não vos embriagueis com vinho, no qual há 

dissolução, mas enchei-vos do Espírito.


Há alguns detalhes muito importantes neste texto: Primeiro 

entendemos que é uma ordem, pois a posição verbal na língua 

original indica um imperativo: “Enchei-vos”. Fica claro, que é um 

mandamento de Deus e não uma opção.


O Segundo detalhe, é que o texto indica também uma ação continua. 

A melhor tradução seria: encham-se, permaneçam cheios 

e continuem enchendo-se do Espírito Santo.

 Então, não significa ter apenas uma experiência isolada, mas viver constantemente 

controlado e fortalecido pelo Espírito Santo.


3. Ser cheio do Espírito Santo significa:

a. Ser controlado pelo Espírito Santo

Como precisamos deste controle. Vivemos no meio de lutas e 

tribulações, e somente pelo Espírito Santo, teremos domínio 

próprio, paciência, bondade e mansidão. (Gálatas 5.22-23)


b. Ser dirigido pelo Espírito Santo.

O Espírito Santo nos guia a toda a verdade.(Joao 16.13, Romanos 

8.14) 

Ele dirige nossos passos, e nos ajuda a viver no centro da vontade de Deus. 


c. Ser fortalecido pelo Espírito Santo

O Espírito Santo nos fortalece para vencermos os inimigos da 

nossa vida cristã: o mundo, a carne, o diabo e o pecado. (Gálatas

5.16, Efésios 2.1-3) –


 CONCLUSÃO

A Visão de Deus é que todas as pessoas de todo o mundo 

conheçam sua mensagem de perdão e salvação. Todo cristão é 

responsável por fazer esta mensagem conhecida. Para isto Deus 

prometeu a presença e o poder do Espírito Santo para cada um dos 

seus filhos.


Deus abençoe 


Att


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O Pastor Josue é um Evangelista, Profeta, homem de oração. Tem atendido pessoas, famílias cativas pela opressão e amarras do maligno. Especializado na área da batalha espiritual, onde o confronto tem sido acirrado. Obreiro na Igreja desde seus dezoito anos e apaixonado pela obra de Deus. Ajude o Ministério do Pastor Josue com suas orações e divulgando o vídeo que você entende, que pessoas serão edificadas. Competência Profissional: Liderança Corporativa e Eclesiástica

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